Império Cheats

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    [Informação] História do Tibia

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    Mensagem por ZeuS Dom Nov 16, 2008 4:30 pm

    O Despertar dos Deuses

      No início havia apenas um grande vácuo. Estava em todo lugar e em lugar algum.

      Neste vazio duas poderosas entidades apareceram, sendo por fim
      conhecidas como os deuses anciões: Fardos, o Criador e Uman Zathroth,
      que combinava em si mesmo duas metades desiguais. Uma dessas metades
      era Uman, o Sábio, um deus benigno abençoado com o intelecto divino,
      enquanto Zathroth, o Destruidor, era a metade sombria. Estas eram as
      duas metades de uma única entidade enigmática, e mesmo cada um deles
      sendo perfeitamente capaz de agir por si só exatamente como se fossem
      independentes, independentes eles não eram. Eles foram atados juntos
      por um vínculo eterno que não poderia ser quebrado, e seu destino é um.

      Ninguém sabe de onde os deuses anciãos vieram ou se sempre existiram e
      por fim despertaram do sono infinito. Mas em algum momento eles
      decidiram criar um universo. Certamente Fardos foi o iniciador, pois
      ele era dirigido pela necessidade de criar e dar vida. Ele estava
      transbordando de poder criativo e impaciente para liberá-lo, então ele
      adentrou a existência e começou a soltar seus poderes. Entretanto
      nenhuma de suas tentativas de criar obteve sucesso. Todas as suas
      criações eram engolidas pelo vácuo antes mesmo que fossem completadas e
      nenhuma sobreviveu.

      Uman Zathroth observou as realizações de Fardos cuidadosamente. Uman
      era sagaz e possuía impressionantes poderes mágicos. Mais importante,
      entretanto, ele era dirigido por uma insaciável fome por conhecimento e
      iluminação. Em sua essência ele assemelhava-se com Fardos, mas enquanto
      Fardos trabalhava abertamente e logicamente, o domínio de Uman era o
      reino do mistério. Ainda assim, ele compartilhava o interesse de Fardos
      na criação, enquanto que seu lado sombrio, Zathroth, era essencialmente
      corruptivo. Zathroth era um deus presunçoso que estava dolorosamente
      consciente de que seus próprios poderes criativos eram pobres. Por isso
      ele olhou para o trabalho criativo de Fardos com inveja, e desde o
      início ele estava determinado a evitar ou ao menos corromper isso de
      qualquer forma que ele pudesse. Fardos, que de nada suspeitava, pediu o
      seu auxilio porque havia aceitado o fato de que ele não alcançaria a
      criação sozinho, mas é claro que Zathroth se recusou. Uman, entretanto,
      concordou em ajudar. E deste ponto ele e Fardos trabalharam juntos no
      grande projeto que era a criação.

      Infelizmente seus esforços combinados tiveram quase nenhum sucesso a
      mais. Exatamente como antes, tudo que Fardos e Uman criavam era
      engolido pelo vácuo logo que vinha a existir, e os dois deuses
      tristemente viam sua criação escorrer entre seus dedos como água
      através de uma peneira. Por outro lado, Zathroth, que observava seus
      esforços desconfiado, regozijou-se. Ele zombou de seus esforços.
      Entretanto, sua alegria transformou-se em surpresa e raiva quando
      descobriu que algo estranho havia acontecido, algo que talvez nem Uman
      nem Fardos esperassem. Ninguém sabe exatamente qual foi a causa. Talvez
      o poder que fora gasto tenha atraído uma outra entidade para fora do
      vácuo, ou pode ser que tenha simplesmente despertado outra entidade
      divina de seu sono. Alguns ainda clamam que por algum processo
      misterioso o poder gasto por Uman e Fardos na verdade criaram uma nova
      entidade. Qualquer que seja a verdade, uma nova deusa saiu do vácuo
      como uma sereia recém nascida de sua concha. Os assombrados deuses
      anciões assistiram sua beleza divina em reverente admiração, pois tudo
      nela tinha uma harmonia perfeita. Eles concordaram em chamá-la de
      Tibiasula. Zathroth, entretanto, estava ao lado e enfureceu-se em um
      ódio silencioso. Mas astuto como ele era, escondeu bem seu
      ressentimento e fingiu partilhar a alegria dos outros deuses anciões.
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    Mensagem por ZeuS Dom Nov 16, 2008 4:32 pm

    A Grande Criação

      Em sua divina sabedoria Uman percebeu que Tibiasula poderia ser uma
      poderosa aliada em seu projeto de criação, e logo a convidou para
      juntar forças com Fardos e ele próprio para trabalhar na gigantesca
      tarefa que se colocava para eles. Tibiasula, que também estava
      intrigada com a idéia da criação, foi facilmente convencida. E então
      passou a existir três criadores onde previamente havia apenas dois, e
      juntos eles começaram a trabalhar com renovado vigor. Desta vez,
      entretanto, eles escolheram uma abordagem diferente. Uman, a quem a
      natureza destinou a revelar segredos e ter discernimento, percebeu que
      alguma coisa estava faltando, um ponto fixo, um fundamento firme onde a
      criação poderia ser construída. Sem isso, não haveria jeito de focar as
      cruas forças criativas, e todos os esforços dos deuses seriam em vão. E
      assim Uman inventou o tempo! Ele sabia que se o vácuo fosse colocado em
      movimento e sujeitado ao fluxo eterno do tempo seria muito mais fácil
      de focar seus poderes divinos.

      Mas primeiro o tempo deveria ser criado. Com essa finalidade, todos os
      deuses combinaram seus poderes. Mesmo Zathroth, a metade má de Uman que
      abertamente desprezava a criação, estava fascinado pela idéia do tempo,
      e concordou em auxiliar os outros deuses anciões em seus esforços. Esta
      oferta foi aceita de bom grado, pois os outros deuses não sabiam então
      o que ele havia visto claramente desde o início: que o tempo carregava
      uma semente de destruição. Ele entendeu que um mundo que estava sujeito
      a passagem incessante do tempo estaria condenado a perecer
      vagarosamente, e foi por isso que ele aceitou de bom grado ajudar nessa
      criação. E então veio a acontecer que por uma vez todos os deuses
      anciões trabalhavam juntos e lançaram seus poderes combinados no vácuo.
      E quando finalmente uma imensa espiral tomou forma no vácuo, a coluna
      de cristal do tempo que seria o fundamento de toda criação, os deuses
      regozijaram-se. Zathroth, entretanto, alegrou-se ainda mais do que
      demonstrou porque ele sabia que agora toda criação seria imperfeita de
      um modo que nunca poderia ser desfeito.

      Zathroth se opôs a idéia da criação desde o inicio, e ele secretamente
      jurou frustrar os planos dos outros deuses por quaisquer meios
      necessários. Com essa finalidade ele havia auxiliado eles na criação do
      tempo, e esta foi a razão pela qual ele finalmente decidiu matar
      Tibiasula. Ele guardava rancor contra a deusa desde quando ela havia
      sido criada porque ele detestou dividir seu status divino com ainda
      outra divindade. Entretanto sua antipatia se tornou ódio mortal quando
      ele viu que Tibiasula preencheu com sucesso o buraco que ele, Zathroth,
      havia deixado por recusar-se a participar na criação. Finalmente ele
      decidiu-se em fazer o impensável. Ele secretamente criou uma adaga de
      grande poder onde ele acumulou todo seu ódio e seu poder destrutivo,
      uma arma apropriada para matar um deus. Então ele pôs-se a esperar,
      aguardando o momento perfeito. E certamente esse momento veio. Um dia
      fatídico, quando os outros deuses haviam exaurido seus poderes para
      finalizar a poderosa coluna do tempo, Zathroth usou a oportunidade e
      chamou Tibiasula a parte. Inocente e perfeitamente inconsciente das
      intenções maliciosas do seu companheiro deus, Tibiasula foi uma presa
      fácil. Zathroth cravou a lâmina em seu coração com toda a força que
      poderia ter. Mortalmente ferida a deusa caiu ao chão, e para fora de
      seu corpo definhando sangraram os elementos fogo, água, terra e ar ? os
      componentes de sua existência divina que haviam sido derramados fora de
      sua antiga harmonia pela vergonhosa traição de Zathroth.

      Quando souberam da abominável ação, Uman e Fardos ficaram chocados.
      Eles tentaram manter a agonizante Tibiasula, esperando impedi-la de
      desintegrar-se no vácuo, de escorregar de suas mãos como suas criações
      anteriores. Quando tudo o mais havia falhado eles vieram com um plano
      desesperado: eles decidiram elaborar um poderoso feitiço que iria unir
      o corpo definhante de Tibiasula a coluna do tempo. Zathroth gargalhou
      em zombeteiro triunfo, mas desta vez ele cometera um erro crucial,
      porque ele falhou em ouvir cuidadosamente as palavras que Uman e Fardos
      proferiram, e então ele perdeu a única chance de aprender o segredo da
      criação, um segredo que seria escondido dele para sempre. Uman e
      Fardos, entretanto, trançaram os indefiníveis elementos em poderosos
      fios. Estava além de seus poderes uni-los em sua harmonia anterior, mas
      ao invés disso eles obtiveram algo que era completamente novo: a
      primeira genuína criação.
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    Mensagem por ZeuS Dom Nov 16, 2008 4:34 pm

    O Nascimento dos Elementos

      Então veio a acontecer que Tibiasula, a essência viva de toda a
      criação, nasceu. Era derivada do elemento terra, enquanto que Sula, o
      poderoso mar ondulando gentilmente contra a costa de Tíbia, foi criado
      do elemento água. O ar ergueu-se sobre a criação e espalhou-se como um
      cobertor protegendo sobre tudo, enquanto o fogo veio a estar no
      fundamento, aquecendo a terra com suas chamas eternas. Finalmente todos
      os elementos colocaram-se em seus lugares para formar o mundo, e cada
      parte individual da Deusa estava cintilando com energia divina!
      Infelizmente, entretanto, eles eram todos selvagens e impetuosos,
      dirigidos por seus impulsos naturais. Estava claro que nenhum deles
      havia herdado o gentil espírito de Tibiasula ? a harmonia havia sido
      destruída para sempre. Entretanto, Uman e Fardos não desistiram. Eles
      decidiram criar algo novo dos elementos, algo que se parecesse com
      Tibiasula ou pelo menos honrasse sua memória. Por uma eternidade eles
      estudaram os elementos, até finalmente fazerem uma importante
      descoberta ? os elementos carregavam consigo sementes de novas
      criações, sementes que iriam dar frutos se um dos deuses anciões
      unir-se com os elementos. E veio a acontecer que os deuses haviam
      finalmente descoberto o segredo da vida.

      Fardos foi o primeiro a tentar. Ele uniu-se ao elemento fogo, e o fogo
      deu-lhe duas crianças: Fafnar, uma filha, e Suon, um filho. Logo esses
      dois deuses tomaram seus lugares de direito na criação. Eles escolheram
      viver no céu que se estendia sobre a criação. E então veio a acontecer
      que dois sóis ergueram-se sobre a criação para derramar sua luz sobre
      ela.

      Infelizmente, entretanto, eles eram bem diferentes em seu temperamento,
      e eles não se entenderam bem. Enquanto Suon era calmo e atencioso, sua
      irmã Fafnar era imprudente e selvagem, e ela descuidadamente devastou o
      mundo com suas chamas. Finalmente Suon perdeu a paciência com sua irmã.
      Ele atacou-a e uma furiosa luta seguiu-se. Neste combate Suon
      prevaleceu porque ele era mais forte que sua irmã, e então Fafnar
      virou-se para fugir através do céu, tentando alcançar a segurança do
      inferno onde o fogo, sua mãe elemental, vivia. Entretanto Suon seguiu
      sua irmã mesmo em seu refugio no inferno, e então Fafnar partiu
      novamente cruzando o céu. Suon continuou sua implacável perseguição, e
      ele assim o faz até hoje. Esta é a razão pela qual todo dia ambos os
      sóis desaparecem no horizonte por um tempo, fazendo a terra cair em
      escuridão.

      Agora Uman tentou sua sorte. Ele uniu-se com a terra que como sabemos é
      chamada de Tibia. E a terra pariu Crunor, o Senhor das Árvores. Este
      deus era cheio de graça e vitalidade. Assim como Fafnar, sua prima
      caprichosa, Crunor amava sua própria forma, mas ele era mais sábio que
      ela e muito mais modesto. Ele logo se tornou um criador de coisas
      vivas, porque ele era inspirado pela criação e pela milagrosa dádiva da
      vida. Ele fez as plantas a sua própria imagem e colocou-as no corpo da
      mãe Tibia, até elas cobrirem toda a sua face como um belo vestido.

      Então Fardos uniu-se com o ar, e ele criou Nornur, o Deus do Destino.
      Nornur invejou a magnífica forma de Crunor porque ele havia herdado a
      forma frágil e delicada de sua mãe, e de fato seu corpo tinha pouco
      mais substância do que uma nuvem passageira ou uma canção no vento. Ele
      pediu ao seu criativo primo para ajudá-lo a conseguir um corpo sólido
      para si, mas não importa quão duro os primos tentaram, eles não
      encontraram uma solução. Nornur sempre era o que tinha sido em primeiro
      lugar: um deus etéreo, a sombra de uma sombra. Para consolar seu triste
      primo, Crunor sugeriu a Nornur que ele deveria pelo menos criar algum
      ser vivo que pertenceria a ele, então ele poderia se manifestar em seus
      servos. E então veio a acontecer que as aranhas vieram ao mundo,
      elegantes e lúgubres criaturas que podiam tecer tênues teias de grande
      beleza. Frágeis e fugazes, essas delicadas teias assemelhavam-se a
      efêmera forma de Nornur.

      Finalmente, Uman uniu-se com Sula, o mar, e essa foi a hora em que
      Bastesh, a Soberana dos Mares, foi concebida. Ela era excessivamente
      bela, e Uman e Fardos ficaram tristes quando eles a viram, por ela
      lembrar-lhes de Tibiasula, a ancestral divina de Bastesh. Mas oh,
      deuses! Sua beleza não duraria. Quando Fafnar, a vaidosa deusa-sol,
      observou Bastesh, explodiu em ciúmes e atacou-a com toda a fúria de seu
      orgulho ferido. Profundamente cravou suas flamejantes garras no
      delicado corpo da deusa recém nascida, e se não fosse pelos outros
      deuses ela a teria despedaçado. Esse foi o momento em que Suon decidiu
      punir sua irmã por seus crimes, e como uma punição justa ela foi
      sentenciada a continuar seu vôo eternamente, fugindo através dos céus
      de Tibia da fúria de seu irmão. Bastesh, entretanto, nunca se recuperou
      totalmente dos terríveis ferimentos infligidos pela sua ciumenta prima.
      Sua beleza havia sido arruinada quase imediatamente após ela vir ao
      mundo, mas pior ainda eram as cicatrizes que ela levava dentro de si.
      Ela cresceu para ser tímida e melancólica, preferindo a solidão
      silenciosa do oceano cujo dizem que as águas são salgadas devido as
      suas lágrimas incessantes. Entretanto, ainda que ela raramente se
      comunique com o mundo exterior sua presença foi revelada pela
      abundancia de criaturas marinhas que logo vieram a povoar o oceano.
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    Mensagem por ZeuS Dom Nov 16, 2008 4:36 pm

    As Primeiras Criaturas

      Zathroth observava o progresso da criação com ira e desgosto. Se ele
      tivesse os meios, ele teria destruído a criação ali, naquele momento.
      Entretanto ele sabia que lhe faltava o poder para fazer isso,
      especialmente agora que Fardos e Uman estavam cientes de suas intenções
      e o observavam atentamente. Ele teria de recorrer a outros meios para
      trazer a ruína a criação. Foi por esta razão que ele observou o
      conceito da vida com grande interesse, porque ele previu claramente que
      um monte de prejuízos poderia ser feito com isso. Assim como ele
      repugnava a maioria dos deuses que haviam criado, havia um que prendeu
      sua atenção. Os instintos básicos de Fafnar e seus poderes destrutivos
      não falharam em impressioná-lo, e então um plano veio a sua mente. Ele
      a bajulou com elogios e logo obteve sucesso em seduzi-la. Assim Brog, o
      Feroz Titã, foi concebido. Uma abominação excessivamente feia que tinha
      apenas um olho em sua imensa cabeça, Brog havia herdado pouco da
      astúcia de seu pai e nada de sua cautela, ainda que ele fosse forte e
      ameaçador, e o coração ardente e selvagem de sua mãe queimava dentro
      dele.

      Enquanto crescia, Brog era atormentado pelo fogo que queimava em seu
      interior, até que um dia, quando isso cresceu de maneira insuportável,
      ele invocou todo o seu poder mágico e liberou o tanto quanto pode da
      dolorosa chama sobre o mundo. A abrasadora chama misturou-se com sua
      fúria, e disso surgiu Garsharak, o primeiríssimo dragão, que mais tarde
      procriou uma raça inteira de lagartos gigantes e inteligentes, uma raça
      que viria a trazer terror e caos a Tibia. Brog observou a terrível
      criatura que ele havia criado certamente por acidente, ele exultou ao
      ver o quão feroz e poderoso ela era. Ainda que fosse estúpido, ele
      também havia recebido o dom de criar a vida, com o qual em um ato de
      vaidade ele criou os ciclopes a sua própria imagem.

      Zathroth observou os experimentos de Brog com grande interesse. A muito
      que ele não guardava seu filho em alta estima, mas aqui estava algo
      para o que ele reconhecidamente tinha algum talento. Mesmo que ele não
      entendesse as leis da vida por si mesmo ele sabia que o dom de Brog
      poderia provar ser um grande recurso. Ele chamou seu filho e falou pra
      que prosseguisse com seus experimentos, incitando-o a criar algo mais
      apavorante e destrutivo que os ciclopes. Ainda que esses gigantes
      fossem fortes e ferozes, eles não eram tão destrutivos quanto ele
      queria que fossem. De fato, devido ao seu amor pela mineração e pela
      forja os ciclopes eram uma raça criativa mais do que destrutiva. Pior,
      eles não estavam se propagando rápido o bastante para fazê-los uma
      ameaça real a criação. Por essa razão Brog criou os trolls e os
      goblins, raças que eram mais fracas que os ciclopes, mas propagavam-se
      muito mais rápido. Entretanto sua indiscutível obra de arte foram os
      orc, uma raça de guerreiros terríveis e decididos que viviam apenas
      para expandir e conquistar. Logo eles haviam se espalhado sobre toda
      Tibia, e eles eram o flagelo de tudo que estava vivo.
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    Mensagem por ZeuS Dom Nov 16, 2008 4:37 pm

    A Era do Caos

      Uman olhou insanamente para o dano que sua metade má havia feito para a
      criação na qual Fardos e ele haviam trabalhado tão duramente. Ele
      sentiu que Zathroth havia finalmente ido longe demais. Em seu desespero
      ele voltou-se para Fardos a procura de um conselho. Juntos eles
      decidiram que seria melhor cortar a ligação entre Uman e Zathroth de
      uma vez por todas. Eles concentraram-se nesta tarefa com grande
      energia, e seus esforços logo pareceram ser coroados com o sucesso.
      Entretanto, quanto mais fraca a ligação entre Uman e Zathroth ficava,
      mais fraco o próprio Uman tornava-se, e no fim eles perceberam que a
      dualidade não poderia ser separada sem colocar em perigo a própria
      existência de Uman. Por fim a tentativa foi abortada. Uman teve de
      aceitar o fato de que a dualidade entre Zathroth e ele mesmo não
      poderia ser quebrada, e era seu realmente seu destino que suas
      existências fossem interligadas por toda eternidade.

      Entretanto os esforços de Uman e Fardos não ficaram totalmente sem
      conseqüências, durante a tentativa fracassada de separar os deuses
      duplos uma pequena parte separou-se, e esse minúsculo pedaço cresceu e
      expandiu-se até tomar forma e por fim tornou-se uma criatura
      consciente. Essa foi a hora em que Kirok, o Louco, nasceu. Devido a sua
      peculiar descendência este estranho deus tinha uma natureza distorcida
      ou, como alguns dizem, esquizofrênica. Por um lado ele havia herdado a
      mente criativa de Uman e sua natureza inquisitiva, então ele acabou por
      tornar-se o deus patrono de todos os que seguem o caminho das ciências
      e pesquisas. Entretanto a característica mais famosa de Kirok era seu
      senso de humor perturbado. Ele adorava brincadeiras engenhosas e de mau
      gosto, e essa característica peculiar fez dele o favorito entre os
      bardos, bufões e todos os tipos de pessoas suspeitas.

      Enquanto Fardos e Uman trabalhavam arduamente em seu feitiço, as
      legiões de Zathroth destruíam a preciosa criação dos deuses anciões, e
      a devastação continuava sem pausa. Parecia que o mundo inteiro estava
      condenado a perecer. Entretanto, alguns dos deuses menores cansaram de
      apenas assistir enquanto sua amada Tibia era devastada. Eles decidiram
      levantar resistência contra as temerárias hordas. Bastesh, a Soberana
      do Mar, criou criaturas imensas e misteriosas que eram tão terríveis
      quanto elegantes, e ela povoou seu amado oceano com elas para garantir
      que as legiões de Zathroth nunca poluíssem suas puras águas.
      Entretanto, havia pouco que ela pudesse fazer por seus primos que
      viviam em terra seca. De todas as suas criaturas as únicas a sobreviver
      em terra eram as ágeis e venenosas serpentes. Crunor e Nornur também
      criaram criaturas para lutar contra as hordas de Brog e Zathroth:
      Crunor, o Senhor das Árvores, criou temíveis lobos, enquanto Nornur
      equipou suas amadas aranhas com veneno mortal para fazê-las mais
      poderosas.

      Entretanto, mesmo com todos os esforços, os deuses não puderam criar
      criaturas que fossem páreo para as cruéis e bem organizadas hordas que
      perambulavam pela terra. Os esconderijos dos lobos e os exoesqueletos
      quitinosos das aranhas não puderam resistir ao aço das lâminas
      órquicas, e para cada troll derrubado por veneno vinham outros dois
      para tomar o seu lugar. No final as crianças dos deuses recuaram para
      áreas fáceis de defender: os lobos desapareceram nas profundezas das
      florestas, enquanto as aranhas esconderam-se profundamente nas
      cavernas. Lá eles continuaram suas lutas, defendendo seus reinos contra
      o ataque violento do inimigo superior. Essas pequenas bolsas de
      resistência eram os únicos santuários em um mundo que afundava cada vez
      mais no caos. E o pior ainda estava por vir, agora os dragões sentiram
      que havia chegado a hora de pegar o que lhes era de direito!

      Por séculos eles se propagaram e expandiram em silêncio, despercebidos
      por todas outras criaturas. Mas agora que Garsharak, o primeiro e mais
      forte de sua raça, enviou-lhes ao mundo eles não conheceram nem
      controle nem misericórdia. Os exércitos órquicos foram guiados pelas
      inexoráveis chamas do fogo mágico dos dragões, e logo essa orgulhosa
      ainda que bárbara raça, que até então não havia conhecido o significado
      da palavra derrota, foi dirigida ao abrigo de acampamentos
      subterrâneos. Seus aliados, os poderosos ciclopes, não se saíram
      melhor. Embora eles tenham obtido um número notável de vitórias usando
      suas poderosas armas e armaduras, eles também tiveram de render-se ao
      poder superior dos terríveis dragões. Eles juntaram-se aos seus antigos
      aliados, os orcs, e seus primos fracos, os trolls, em seu exílio
      subterrâneo. Suas orgulhosas cidades que haviam sido construídas ao
      longo dos séculos foram queimadas e derrubadas, e suas renomadas forjas
      foram perdidas para sempre.

      Assim os dragões tomaram o controle da terra, mas a guerra não havia acabado.

      Seus inimigos implacáveis, ciclopes e orcs, ressentiram-se do seu
      aprisionamento nas entranhas da terra, e eles continuaram a luta de
      seus esconderijos subterrâneos. E de fato os dragões, que já haviam
      enfraquecido ao longo das batalhas anteriores, sofreram sérias perdas.
      Mas agora a guerra também estourou entre os antigos aliados, visto que
      ciclopes e orcs competiam por comida e espaço em suas residências
      subterrâneas. E já que nenhum dos lados era forte o bastante para
      superar os outros a guerra continuou com força total, e todas as raças
      sofreram muito no conflito épico. Corpos espalhavam-se pela terra, e
      enquanto parecia que a vida seria limpada da face de Tibia as perdas de
      todas as raças envolvidas crescia em número diariamente. Era como se a
      vida fosse ser enterrada pelos corpos assassinados.

      Os deuses anciões assistiram a batalha cataclísmica que se seguia. Eles
      não sentiram pena por esses que eram assassinados por que eles pouco se
      importavam com as criaturas de Zathroth, mas eles sabiam que algo
      estava se perdendo, que alguém teria de cuidar dos corpos e almas
      desses que haviam deixado de viver. Eles começaram a procurar por uma
      solução, e finalmente Uman propôs que um novo deus deveria ser criado,
      um deus que deveria ver que os mortos deviam ser cuidados. Eles
      decidiram que a terra, que por um lado era aquela que dava a vida,
      deveria ter parte em tomá-la de volta, e que Uman deveria ser o pai do
      novo deus. Mas oh, deuses! Os deuses anciões não foram tão cautelosos
      quanto deveriam ter sido, e então Zathroth, o Destruidor, soube de seus
      planos muito cedo. Ele estava fascinado pela idéia da morte desde o
      início, porque ele viu nisso uma nova chance de trazer a destruição e
      devastação ao mundo. Logo ele havia preparado um plano cruel. Ele
      passou-se pela sua boa metade Uman para enganar a terra, e com isso ele
      gerou um outro deus: Urgith, o Mestre dos Morto-vivos. Essa horrenda
      divindade era devotada a morte do modo que os deuses Uman e Fardos
      tinham em mente, mas ele não era o benigno guardião dos mortos que eles
      haviam vislumbrado. Ao invés, Urgith era um deus cruel que empenhou-se
      em infundir os corpos dos morto com energia profana, condenando-os a um
      estado que não era nem vida nem morte. Assim, a hora do nascimento de
      Urgith marcou o inicio dos morto-vivos.

      Logo inumeráveis morto-vivos vagavam pelo mundo. Depois de tudo, Tibia
      ainda estava coberta pelos incontáveis corpos de orcs assassinados,
      ciclopes e outras criaturas ? o legado de muitos anos de guerra
      incessante. Estes cadáveres proviam Urgith com o campo de recrutamento
      ideal, e ele avidamente transformou todas as carcaças em que pode
      colocar as mãos em seus repulsivos servos. Os deuses assistiram
      horrorizados enquanto um novo flagelo devastava sua amada criação. Eles
      apressaram-se em finalmente por seu plano inicial em pratica, e Uman
      uniu-se com a terra para gerar Toth, o Sentinela das Almas. Seria sua
      missão guiar com segurança as almas dos mortos para o outro mundo, onde
      eles iriam seguramente descansar na paz de um sono eterno e sem sonhos,
      enquanto os vermes, seus fiéis servos, aglomeravam-se para devorar seus
      corpos que se dispersavam-se pela face de Tibia. Mas o estrago estava
      feito, e mesmo Toth e seus servos fazendo o melhor que podiam as
      medonhas criações de Urgith continuavam a vagar pela terra. Todas as
      outras criaturas, que já estavam enfraquecidas pelas guerras sem fim,
      puderam colocar pouca resistência ao novo inimigo que crescia em força
      a cada baixa que eles sofriam. Parecia que Tibia estava condenada para
      sempre a ser um mundo que era habitado pela morte viva.

      Os deuses anciões olharam ao que havia acontecido ao seu mundo, e seus
      corações encheram-se de tristeza e ressentimento. Eles sabiam que se
      não agissem naquele momento Tibia estaria destinada a se tornar um
      cemitério, e então começaram a procurar uma solução. Finalmente eles
      concordaram em tentar criar uma raça consciente de si mesmo, uma raça
      que poderia ser forte o bastante para assumir a luta contra as hordas
      que devastavam seu amado mundo. E então eles criaram uma raça e
      enviaram a Tibia. Mas oh, deuses! Os subordinados de Urgith eram muito
      fortes. Sua raça foi derrotada em uma geração, e foi varrida da face de
      Tibia. Então Uman e Fardos criaram raça após raça, e raça após raça
      foram subjugadas pelas cruéis abominações que Urgith havia lançado no
      mundo. A maioria dessas raças desapareceram da face de Tibia para
      sempre, deixando pequenas e melancólicas lendas e misteriosas ruínas.
      Hoje, esta triste época que é comumente conhecida como a Guerra dos
      Corpos é basicamente coberta de mistérios, e as infortunadas raças que
      foram destruídas nela são agora conhecidas como os anciões.

      Entretanto, nem todos os anciões foram erradicados no furioso conflito.
      Pelo menos duas das raças criadas pelos deuses anciões no decorrer
      desse confronto épico de alguma forma escaparam da destruição e
      sobrevivem até hoje. Um deles são os elfos, delicadas criaturas que
      podem manejar arcos e instrumentos musicais com igual perícia. Os
      outros são os anões, uma valente raça de talentosos mineiros e
      ferreiros. Ambas raças lutaram bravamente, mas ambas tiveram de
      render-se ao cruel poder de seus inimigos, e foi apenas fugindo para a
      segurança de refúgios que eles conseguiram sobreviver. Os elfos após
      muitas privações procuraram abrigo na impenetrável profundeza das
      florestas, enquanto os anões entrincheiraram-se em suas impenetráveis
      fortalezas profundas nas montanhas de Tibia. Lá, essas raças aguardaram
      por tempos melhores, amargamente lastimando o cruel destino que havia
      mandado-os neste terrível mundo. Mas ao menos eles haviam sobrevivido.
      Todas as outras raças anciãs foram aparentemente sentenciadas ao
      esquecimento, embora ocasionalmente é alegado que existem outros
      sobreviventes.

      Por toda sua força, essas raças tinham uma importante falha em comum:
      lhes faltava flexibilidade. E isto se provou fatal na guerra contra os
      inexoráveis inimigos que eles enfrentavam. Aqueles que não foram
      aniquilados sucumbiram às tentações de Zathroth. Mais de um dos anciões
      caiu pelas astutas promessas de Zathroth de poder e conhecimento, e a
      lenda é que os irados deuses anciões puniram brutalmente muitos deles
      pela sua traição. Existe mesmo uma persistente teoria de que algum
      desses anciões mais tarde foi moldado pelo desonesto Zathroth no
      primeiro demônio. Seja como for, todos os anciões falharam em viver de
      acordo com as expectativas de seus criadores: um por um eles foram
      subjugados pelo inimigo, e as hordas ainda caminhavam pelo mundo. Mas
      os deuses anciões haviam aprendido com seus erros. Sua nova criação
      teria de ser bem apropriada para a tarefa. E eles os chamaram de
      humanos.
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    Mensagem por ZeuS Dom Nov 16, 2008 4:39 pm

    A Criação dos Humanos

      Então veio a acontecer que os deuses anciões criaram Banor, o Guerreiro
      Divino. Ele foi o primeiro humano, e ainda que seus criadores tenham
      lhe dado poderes que nenhum outro membro dessa raça jamais poderia
      igualar, ele já exibia muitas características que claramente
      evidenciavam-no como humano. Desde esse dia ele é especialmente
      reverenciado como um ideal de cortesia e bravura por aqueles que se
      dedicam a arte do combate corpo-a-corpo, porque ele era justo e bravo
      em batalha, e sua destreza com a lamina é lendária até hoje. A lenda
      diz que os deuses também planejavam criar um irmão gêmeo para Banor, e
      esse gêmeo controlaria incríveis poderes mágicos. Entretanto, dizem que
      Zathroth roubou este protótipo para criar dele o primeiro demônio
      overlord. Qualquer que seja a verdade, o fato de que os humanos haviam
      adentrado o mundo de Tibia não podia mais ser negligenciado. A despeito
      de suas muitas fraquezas eram uma raça brava e talentosa, e eles se
      adaptaram incrivelmente bem ao severo mundo ao qual os deuses os
      jogaram. Eles assumiram a luta contra os morto-vivos e as várias outras
      desprezíveis criaturas que vagavam pelas terras, e logo as hordas
      perceberam que um novo e poderoso inimigo havia se erguido.

      Uma batalha feroz e sangrenta foi travada, mas Banor, um líder bravo e
      perspicaz, liderou seu povo de vitória a vitória. Ainda assim, esses
      triunfos eram freqüentemente pagos com pesados sacrifícios, e o total
      de inimigos que os humanos tinham de enfrentar era esmagador. Os deuses
      fizeram tudo que podiam para ajudar sua nova raça campeã nessa luta.
      Uman introduziu a raça nas artes arcanas da magia, e muitos humanos
      seguiram sua vocação para se tornar poderosos feiticeiros. Outros foram
      instruídos por Crunor, o Senhor das Árvores, para aprender sobre os
      segredos da vida, e eles se tornaram druidas e aprenderam como curar
      seus irmãos feridos na guerra contra os impiedosos inimigos. De todos
      os humanos foram eles que aprenderam mais sobre os segredos da vida, e
      de fato alguns deles ajudaram Crunor a criar muitas das criaturas que
      povoam Tibia hoje. Mas muitas de suas criações foram logo varridas no
      curso do cruel confronto. E a guerra continuava.

      Banor estabeleceu uma forte base na terra, e ele consolidou seu governo
      fundando uma dinastia. Ele casou-se com Kirana, a mais nobre de todas
      as mulheres, e dela nasceu Elane, que por fim veio a ser mestra tanto
      na arte da luta a distância quanto na arte arcana da magia, tornando-se
      assim a primeira dos nobres paladinos. Desde esse dia a posição de
      líder de todos os paladinos pode ser preenchida apenas por uma mulher,
      e essas que assim o fazem invariavelmente adotam o nome honorário de
      Elane. Mais tarde Elane lutou lado a lado com seu pai, porque Banor,
      que de fato era um semideus, deveria viver por muitos séculos. Mas
      mesmo isto não ajudou a virar a maré. Os guerreiros humanos triunfavam
      aonde quer que Banor os liderasse, mas então o poderoso campeão da
      humanidade não poderia estar em todo lugar, e os exércitos humanos que
      entravam em batalhas sem ele eram muito freqüentemente subjugados pelas
      hordas negras.
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    Mensagem por ZeuS Dom Nov 16, 2008 4:40 pm

    Renovação de Tibia

      Finalmente, Banor voltou-se para os deuses para que o ajudassem, e eles
      responderam as suas preces. Novamente foi o sempre preparado Uman quem
      encontrou uma solução, uma solução que foi possível porque ele havia
      feito uma descoberta surpreendente: ele descobriu que além de cada
      estrutura da existência haviam outras dimensões, planos distantes nos
      quais cada deus ancião não mantinha seus poderes. Entretanto, Uman
      encontrou um modo de estabelecer uma conexão com esses planos
      alternativos de existência, e depois de muitas experiências ele
      aprendeu que era possível conjurar almas de criaturas vivas desses
      planos. Quando chegavam a Tibia essas almas podiam ser moldadas na
      forma humana, formando os campeões de que a raça humana
      desesperadamente precisava. Esta, então, foi a resposta aos problemas
      da humanidade, e foi colocado imediatamente em pratica. Os deuses
      implantaram um certo número de portais mágicos em Tibia, portais que
      logo ficaram conhecidos como Portais das Almas. Por esses portais um
      fluxo constante de heróis veio ao mundo, guerreiros humanos que eram
      tanto habilidosos como bravos, e com a ajuda desses campeões as
      abomináveis hordas foram lenta mas seguramente empurradas de volta. Ao
      final parecia a ordem poderia ser restaurada.

      As coisas pareciam mais radiantes para a raça humana do que fora por um
      longo tempo. Os poderes aliados dos heróis e humanos avançaram mais e
      mais no território inimigo, e as hordas negras pareciam permanecer a
      margem da derrota total. Mas oh, deuses! Esses que acreditaram que as
      antigas raças seriam agora varridas da face de Tibia foram um pouco
      precipitados, porque algo inesperado aconteceu. Encarados pelo
      aparentemente esmagador poder dos exércitos humanos as antigas raças
      fizeram o que por muito tempo fora impensável: eles assinaram uma
      trégua. Dragões, orcs, morto-vivos e todas essas outras raças que
      lutaram entre si por tanto tempo subitamente pararam de atacar umas as
      outras e concentraram-se na guerra contra a raça humana. E então veio a
      acontecer que novamente as coisas viraram para o pior. Mesmo que seus
      inimigos não confiassem o suficiente em cada um dos outros para formar
      equivalente a uma aliança, o puro fato de pararem de lutar uns com os
      outros colocou a raça humana em uma situação muito precária. Logo seus
      avanços hesitaram, e uma vez mais eles foram forçados a tomar a
      defensiva.

      Os exércitos humanos decidiram recolher-se para suas cidades
      fortificadas para recomeçar a guerra lá, mas novamente eles fizeram uma
      surpreendente descoberta. Desta vez, a primeira vez registrada na
      história, os inimigos dos humanos não investiram contra eles para
      continuar a luta. Muitos ficaram confusos com isso, como se não fosse
      prontamente evidente o porquê de as hordas agirem desse modo. Uma
      teoria comum era de que as tensões e desconfianças mutuas entre as
      raças antigas era muito forte para que combinassem suas forças em uma
      campanha sustentável, e alguns até sustentavam que eles haviam começado
      a guerrear entre si uma vez mais. Outros sugeriram que as raças antigas
      haviam exaurido a si mesmas ao longo de muitas guerras, enquanto outros
      ainda sugeriam que talvez um equilíbrio houvesse sido alcançado, um
      estado em que cada lado sentia que poderia viver assim. Seja qual for a
      razão, um período de inquieta mas fundamentalmente estável paz
      seguiu-se, e assim é até este dia. Pela primeira vez o problemático
      mundo teve um alívio da incessante carnificina que o assolou por muito
      tempo.

      Os humanos aproveitaram-se bem dessa oportunidade. Sob a sábia
      orientação dos reis Thaianeses, que são descendentes diretos de Banor,
      a raça esta vivendo uma era dourada. As artes e as ciências prosperam,
      e uma cidade próspera foi fundada. Para ser sincero, a expansão humana
      encontrou uma resistência feroz, e de fato os destemidos heróis que
      ainda entram nesse mundo pelos misteriosos Portais das Almas estão
      ocupados o bastante lutando com as ameaças constantes postadas por
      todos os tipos de criaturas hostis. Mas por muito tempo a paz
      permaneceu, e sob essa proteção a raça humana finalmente se assentou
      como a espécie dominante em Tibia. Entretanto, existem inquietantes
      sinais de que essa gloriosa era pode estar lentamente chegando ao fim.
      Pelos antigos inimigos nunca terem sido dominados, e agora parece que
      eles estão crescendo e crescendo impacientemente. Os ferozes orcs estão
      agitados uma vez mais, atacando acampamentos humanos e algumas vezes
      mesmo cidades maiores em ataques cruéis e bem coordenados. Os
      morto-vivos começaram novamente a andar pela terra, enraizando o medo
      no coração dos vivos. Existem até mesmo desconcertantes relatórios de
      que terríveis dragões que estavam adormecidos por séculos estavam
      novamente deixando seus covis escondidos para oprimir. Pior que tudo,
      os humanos, essa curiosa raça, começaram a brigar contra si mesmo, e
      mais de uma vez essas tensões levaram a conflitos armados. No curso do
      tempo, alguns humanos até renunciaram o governo dos deuses Thaianeses e
      fundaram suas próprias cidades e impérios.

      Pode ser que esta seja ainda outra das manobras pérfidas de Zathroth. É
      bem conhecido que seus mais diabólicos subordinados, os horrendos
      demônios, estão à espreita nas sombras, aguardando sua vez. Quem sabe ?
      talvez Tibia esteja a beira de uma outra guerra cataclísmica, e um novo
      crepúsculo irá cair sobre o mundo. Apenas o Destino conhece o que o
      futuro tem guardado para Tibia. Vamos todos ter esperanças e orar para
      que a união dos humanos não quebre justamente quando for mais necessária.

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